sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Roberto Amaral, vice-presidente do PSB: "A Esquerda lançou o maior número possível de candidatos para as eleições de 2008 e o Bloco foi preservado".
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Maioria dos brasileiros não acreditam que as eleições são limpas - Por que será ?
Por Raphael Bruno do Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Mais da metade do eleitorado brasileiro não confia nos resultados das eleições nem acredita que elas sejam “limpas” e isentas de fraudes. A desconfiança do eleitorado não pára por ai. Um em cada cinco votantes acha que os políticos têm meios de ficar sabendo em qual candidato cada eleitor votou.
Os dados fazem parte de pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi a pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), divulgada nesta terça-feira em Brasília. A idéia, segundo o presidente da AMB, Mozart Valadares, foi “mostrar o perfil do eleitorado brasileiro com o objetivo de fortalecer a cidadania e a democracia brasileira”. Para o levantamento, realizado entre os dias 27 de junho e 6 de julho, foram entrevistados 1.502 eleitores em todas as regiões do país sobre questões relacionadas à percepção que os eleitores têm dos políticos, da corrupção, do sistema eleitoral e dos critérios utilizados na hora de escolher candidatos.
Contradições
Os resultados obtidos pela pesquisa apontam para uma série de contradições no perfil do eleitorado brasileiro. Por exemplo: apesar de 52% dos entrevistados responderem que discordam ou discordam totalmente da afirmação de que “as eleições no Brasil são feitas de maneira limpa, sem fraudes e têm resultados confiáveis”, 68% ainda acreditam que “o voto em um candidato pode mudar muito” a vida do eleitor, “tanto para melhor quanto para pior”.
O dado, segundo o juiz Paulo Henrique Machado, secretário-geral da AMB e coordenador da pesquisa, só reforça a necessidade de campanhas como a que a própria entidade, juntamente com o Tribunal Superior Eleitoral, vem promovendo para mostrar ao eleitor que o voto é livre e a urna eletrônica inviolável, e que todo caso de abuso de poder ou de fraude eleitoral deve ser denunciado.
A revelação de que 20% dos eleitores – um em cada cinco – acreditam na possibilidade de que o conteúdo do voto eletrônico seja descoberto por candidatos surge paralelamente com a crescente preocupação da Justiça Eleitoral com o discurso de que grupos ligados ao narcotráfico e às milícias no Rio de Janeiro teriam acesso aos votos de moradores das localidades controladas por esses grupos e de que haveria represálias caso os eleitores não votassem de acordo com a orientação dada.
Para o presidente da AMB, Mozart Valadares, contudo, a maior parte dos entrevistados que declararam não confiar nos resultados das eleições se basearam mais em uma percepção geral de que o processo eleitoral sofre muitas influências do poder econômico e do abuso da máquina administrativa do que necessariamente no receio de que o conteúdo do voto é violável. O jurista chegou a comentar que, caso a iniciativa da AMB que permitia aos juízes eleitorais negar registros de candidaturas de políticos que respondam a processos judiciais como réus tivesse sido aprovada no Supremo Tribunal Federal, com “certeza absoluta” essa percepção cética do eleitor no que diz respeito à “limpeza” do processo eleitoral iria melhorar no longo prazo.
Salta aos olhos também o fato de que, apesar de 82% dos eleitores concordarem ou concordarem totalmente com a afirmativa de que “a maioria dos políticos eleitos não cumpre as promessas que faz durante a campanha”, quando questionados sobre quais critérios são utilizados na escolha do candidato, 84% apontaram como importante ou muito importante “as propostas de trabalho de cada candidato”
– Na hora de escolher o candidato, o eleitor vê como importante critério saber as propostas de cada candidato – explica Paulo Machado. – Mas o eleitor não está enxergando nos eleitos o cumprimentos dessas propostas.
Para o presidente da entidade, Mozart Valadares, o que levaria os eleitores a continuar votando de acordo com as promessas de candidatos embora os próprios eleitores reconheçam que eles não as cumprem é a “esperança” e a “fé”.
– A fé do povo brasileiro de que isso vai melhorar é o que o motiva a participar do processo eleitoral – diz o jurista. – Se ele vota na proposta de um candidato e ele não a cumpre, não é isso que vai fazer com que deixe de votar na próxima eleição. Ele vai considerar outros candidatos.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Escandalo na Câmara de Vereadores do Recife
Não quero culpar ninguém, nem tirar o direito à ampla defesa dos acusados, mas temos que perceber a gravidade da situação. Todos os vereadores tiveram as contas rejeitadas, se não foi por má fé, no mínimo é incompetência.
A lista dos que estão com o nome sob suspeita saiu na edição de hoje do Diário de Pernambuco e eu vou reproduzi-la aqui:
André Ferreira
Antônio Luiz Neto
Antônio Oliveira
Augusto Carreras
Carlos Gueiros
Fred Oliveira
Daniel Coelho
Dilson Peixoto
Eduardo Marques
Cordeiro de Deus
Eribeto Medeiros
Fernando Nascimento
Francismar Pontes
Gilberto Luna
Gilvan Cavalcanti
Gustavo Negromonte
Henrique Leite
João Alberto
João Arraes
José Alves
José Antônio
Josenildo Sinésio
Jurandir Liberal
Liberato Costa Jr.
Luciana Azevedo (Já devolveu o dinheiro)
Caio Pires
Luiz Eustáquio
Luiz Helvécio
Luiz Vidal
Marcos Menezes
Mozart Sales
Nildo Rezende
Osmar Ricardo
Priscila Krause
Roberto Teixeira
Romildo Gomes
Severino Gabriel
Severino Ramos
Silvio Costa Filho
Valdir Facioni
Vicente André Gomes
Fico angustiado com a falta de mobilização em prol da apuração real dos fatos. Acho que é inadmissível chegarmos ao dia da eleição e não termos certeza de quem são os vereadores que realmente desviaram dinheiro público e dos vereadores que apenas erraram a prestação de contas. Reitero que não quero acusar ninguém, mas quero votar sabendo em quem eu to votando.
Acho também que chegou a hora de pensarmos em renovação, chegou a hora de colocarmos na Câmara pessoas que nunca tiveram a oportunidade de legislar, pois, infelizmente, essa lista mostrou pelo menos uma coisa: Que os nossos vereadores devem ter mais atenção com o dinheiro público.
Convoco aqui uma mobilização, um ato. Vamos lavar as escadarias das Câmara, vamos ao TCE pressionar por mais velocidade na apuração dos fatos, vamos mostrar que a população que votar sabendo em quem está votando, sem dúvidas ou processos pedentes.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Exclusividade para usar Lula e Eduardo
De nada adiantou o presidente Lula (PT) e o governador Eduardo Campos (PSB) liberarem o uso de suas respectivas imagens para aliados na eleição deste ano. A lei eleitoral é implacável: considera ilegal a veiculação, em material de campanha, da imagem de integrantes de partidos que não estejam oficialmente coligados ao candidato beneficiado pela referida propaganda. Ontem, o candidato do PDT à Prefeitura de Jaboatão, deputado Paulo Rubem, sentiu na pele os efeitos deste impedimento. Uma liminar acatada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proibiu a sua campanha de continuar explorando, em peças publicitárias, as imagens do presidente e do governador. O PSB apóia a chapa de André Campos, que concorre pelo PT.
A decisão em 2ª instância pode abrir precedente para que candidatos do PT nas diversas cidades de Pernambuco acionem a Justiça Eleitoral a fim de impedir que a imagem do presidente seja usada por aliados do Palácio do Planalto, mas adversários no plano municipal. O mesmo deve valer para candidatos socialistas em relação à imagem de Eduardo.
No Recife, João da Costa (PT) tem agora respaldo para não dar trégua a Cadoca (PSC), que tem associado sua imagem às de Lula e Eduardo. O PSC é aliado dos governos federal e estadual, mas a coligação dele conta apenas com PTC, PPS e PV. O PSB integra a aliança de João da Costa. Portanto, Lula e Eduardo só poderiam aparecer nas propagandas do petista. Resta saber se o PT pagará o preço de questionar Cadoca na Justiça mesmo diante da possibilidade de o social cristão ser aliado em um eventual segundo turno.
A liminar contra Rubem foi pedida em recurso ao TRE pela aliança A Força da Mudança, que apóia a candidatura de André. A medida foi acatada pelo desembargador André Guimarães. Segundo o coordenador jurídico da campanha do PT, advogado Horácio Neves Baptista, o material da campanha pedetista com as imagens de Lula e Eduardo deve ser recolhido. Ele explicou que o recurso foi necessário porque o juiz da 101ª Zona Eleitoral de Jaboatão, José Barros, não acatou a ação inicial, movida na 1ª instância. O mérito do recurso seguirá para apreciação do pleno do TRE. Ontem à noite, o advogado da campanha pedetista, Augusto Evangelista, disse que tomará as medidas cabíveis para tentar reverter a decisão. Rubem entrou no PDT apenas no ano passado. Durante décadas, foi filiado ao PT. Em 2006, foi, inclusive, reeleito deputado federal pelo partido.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Em dois anos, políticos que concorrem às eleições enriqueceram 46%
SÃO PAULO – De 2006 a 2008, os políticos que concorrem às eleições deste ano enriqueceram 46%. Este número é a média da evolução patrimonial declarada por 180 integrantes das Câmaras Municipais de capitais dos Estados que também foram candidatos nas eleições de 2006 e por 255 deputados federais, senadores e deputados estaduais que concorrem a prefeituras e vice-prefeituras.
- Veja a íntegra do estudo do Transparência Brasil
- Conheça o projeto Excelências que reúne o perfil dos parlamentares
Quando se consideram apenas os vereadores, a média de enriquecimento foi de 41%. Já a de senadores e deputados, de 50%. O levantamento foi realizado pela Transparência Brasil, organização dedicada ao combate à corrupção.
Dos vereadores que foram candidatos há dois anos, 15 declararam não possuir bens naquele ano, mas em 2008 atingiram a média de R$ 108 mil cada. Outros nove, cujo montante patrimonial era nulo em 2006, repetiram o número em 2008.
Dos 709 vereadores em exercício nas 26 capitais brasileiras, 663 buscam a reeleição ou concorrem aos cargos de prefeito ou vice-prefeito. O patrimônio médio declarado por esses vereadores é de R$ 377 mil.
Levantamento
Desde 2006, os candidatos em eleições são obrigados a fornecer à Justiça Eleitoral suas declarações de bens, que são publicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Além dos 663 vereadores, 277 parlamentares do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas procuram eleger-se prefeitos ou vice-prefeitos em diversas cidades.
Um mês após a abertura do registro de candidaturas, o site do TSE ainda deixava de registrar 22 candidatos a prefeito que são deputados federais ou estaduais e 23 vereadores de capitais que concorrem à reeleição – entre estes todos os de Teresina, capital do Piauí.
As declarações patrimoniais referentes a 2008 de todos os 895 candidatos que estão em exercício no Congresso, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores das capitais e cujos registros estão assinalados no TSE já estão publicadas no site da Transparência Brasil.
Variação patrimonial
Dos 108 vereadores que buscam reeleição nas capitais dos estados e que também tiveram seus patrimônios divulgados em 2006, os parlamentares de Fortaleza, capital do Ceará, foram os que mais enriqueceram. Segundo o levantamento, os sete candidatos a vereadores que se enquadram nestes critérios tiveram uma variação patrimonial de 135%, de 2006 a 2008.
Em segundo lugar no ranking da variação patrimonial de vereadores está Boa Vista, capital de Roraima, com 122%. Em terceiro, o Rio de Janeiro, com 108% de enriquecimento.
Entre os senadores, deputados federais e estaduais eleitos em 2006 e que hoje buscam eleger-se prefeitos (a maioria) ou vice-prefeitos (não apenas nas capitais) a variação média de patrimônio entre todos os Estados do Brasil é de 50%.
No entanto, os parlamentares do Maranhão enriqueceram mais que o dobro da média nacional, 142%. O mesmo ocorreu com os de Roraima, 139%, os de Alagoas, 119%, e de outros estados.
Riqueza relativa
A comparação dos patrimônios declarados pelos 663 vereadores que buscam reeleição este ano com a renda per capita das regiões metropolitanas de suas respectivas cidades mostra que os representantes municipais são muito mais ricos do que as comunidades que representam.
Ao considerar a desproporção entre o patrimônio médio dos vereadores e o PIB per capita dos estados, o estudo conclui que os vereadores são, em média, 45 vezes mais ricos do que a média da população de suas cidades.
Segundo o estudo, porém, esta desproporção é na verdade ainda maior, uma vez que em algumas cidades a atividade econômica altamente concentrada eleva o PIB per capita sem que isso signifique uma distribuição entre a população. É o caso, por exemplo, de Vitória (sede de grandes empresas) e de Manaus (Zona Franca).
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Número de candidatos socialistas cresce 24% em 2008

Por Gustavo Sousa Jr
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Lista de candidatos impugnados inclui esquizofrênicos e torturadores
Em Goiás, a Promotoria entrou com ação contra o candidato a vereador em Vianópolis (96 km de Goiânia) Edson Timóteo Mendonça (PDT) por considerá-lo incapaz para exercer o cargo.
Segundo o Ministério Público, Mendonça, 44, cujo nome na urna seria "Irmão Timóteo", sofre de esquizofrenia paranóide e respondeu a processo nos anos 90 por provocar um incêndio na cidade.
Na época, a defesa argumentou que ele sofria de distúrbios mentais, o que ficou comprovado em perícia médica.
"Se tem um problema de saúde mental, é incapaz de usar a vida civil e não pode exercer um cargo na política", diz o promotor Maurício Gebrim.Mendonça tentou concorrer em 2004, mas também foi impedido. Segundo o PDT em Vianópolis, o candidato argumenta que já se curou da doença.
No Maranhão, o vice-prefeito de Trizidela do Vale (230 km de São Luís), Frederick Maia (PPS), teve a cassação da candidatura à reeleição sugerida pelo MP por responder por crime de tortura contra um adolescente. Maia nega a acusação e diz que foi vítima de "armação política" e que chegou a ser extorquido por familiares do garoto.
Outro caso de candidato barrado por graves antecedentes ocorreu em Pernambuco. O Ministério Público do Estado tenta impedir de participar da eleição um ex-PM que responde por oito homicídios e que já foi afastado da polícia por dois decretos do governador. Só no Estado, a Promotoria já pediu a impugnação de 342 candidatos.
Em Minas, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte), um suspeito de roubo a mão armada acabou preso após registrar candidatura. Ele tinha mandado de prisão em aberto desde 1999. A promotora eleitoral Luciana Guedes disse que o fato foi comunicado à Polícia Civil, que localizou o foragido. Ele acabou com a candidatura impugnada.
Na cidade goiana de Panamá (178 km de Goiânia), um candidato que era filiado desde 2003 ao PT se registrou para as próximas eleições no partido que é o maior rival no plano nacional --o PSDB-- e sofreu pedido de impugnação. Segundo o Ministério Público, o PT e a Justiça desconheciam a dupla filiação.
Após a Promotoria dos Estados pedir a impugnação, a Justiça Eleitoral avalia e decide se barra ou não a candidatura.
Colaborou RENATA BAPTISTA, da Agência Folha
2008 tem mais candidatos jovens
De acordo com o TSE, este ano serão 2.846 possíveis candidatos entre 18 e 20 anos de idade e 9.331 entre 21 e 24 anos. Nas últimas eleições foram 2.757 candidatos na faixa dos 18 aos 20 anos e 10.309 na faixa de 21 a 24 anos. O tribunal informou ainda que a quantidade de pedidos de registro para candidatos com idade superior a 60 anos, por sua vez, aumentou de 26.705 em 2004 para 29.750 em 2008. Este ano há 24.943 pedidos de registro de pessoas com idade entre 60 e 69 anos, outros 4.378 para faixa etária de 70 a 79 anos e 429 possíveis candidatos com idade superior aos 79 anos.
O número de eleitores jovens e idosos com voto facultativo aumentou em um milhão para as eleições deste ano em relação às de 2006. Hoje, são 11.272.924 contra 10.218.328 registrados nas eleições passadas. O voto só é facultativo para o eleitorado entre 16 e 18 anos, para os maiores de 70 anos e para os analfabetos.
De acordo com o TSE, em 2006, havia 2.556.391 eleitores entre 16 e 18 anos. Esse número cresceu para 2.922.538 em 2008 e representa 2,24% do eleitorado do país. A quantidade de eleitores que tem acima de 70 anos, por sua vez, cresceu de 7.661.937 para 8.350.386 em 2008.
terça-feira, 22 de julho de 2008
VOTO JOVEM É RECORDE PARA ELEIÇÕES GERAIS
O número de jovens com 16 e 17 anos que tirou título eleitoral para esta eleição geral é recorde. Segundo estatística do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serão mais de 3 milhões de eleitores nesta faixa etária, quase um milhão a mais do que no pleito de 2002.
O número total de eleitores subiu 10% - de 115 milhões, em 2002, para quase 126 milhões este ano. Já o número de eleitores com menos de 18 anos pulou de 2,2 milhões para 3,2 milhões: um aumento de 45%.
O voto aos 16 anos não é obrigatório e foi permitido a partir da Constituição de 1988. A quantidade de jovens que tiram o título tem variado de um ano para outro. No pleito geral de 1994, por exemplo, 31% dos jovens menores de idade tiraram o título de eleitor. Já nas eleições de 1998, o número caiu para 26%, voltando a subir em 2002, quando novamente atingiu 31%, até chegar aos atuais 43%.
“Isto reflete o engajamento da juventude no processo político eleitoral, mas com uma visão estratégica, para defender objetivos concretos, como busca por emprego e contra a violência”, considera o cientista político Antônio Testa, da Universidade de Brasília (UnB).
O professor da UnB diz que para atingir estes eleitores, os partidos terão de usar linguagem e canais de comunicação diferentes dos habituais “Ao contrário do que muitos dizem, eles não são alienados. São multimídia e desenvolvem um tipo de conhecimento menos profundo, porém mais abrangente. Já dão opinião sobre tudo e têm a capacidade de disseminar as informações em uma velocidade muito grande, usando sites de relacionamento”, afirmou Testa.
Para o cientista político, os partidos terão de se reestruturar para atingir o jovem eleitor. “Os partidos terão de atender essas demandas, sob pena de perder estes eleitores, que passam a ser decisivos. São minorias que ganham voz ativa e podem desequilibrar o jogo”. “Resta saber se esses jovens, além de votar, também vão acompanhar o candidato eleito. Será que vão construir uma nova cidadania multimídia?”, completa.
O ponto máximo foi atingido nas eleições municipais de 2004, quando 51% dos jovens entre 16 e 17 anos tinham título. O ponto mínimo corresponde às eleições gerais de 1998, quando apensa 26% estava apto a votar.
Em termos regionais, o nordeste aparece sempre acima da região Sudeste e da média nacional em termos de participação de eleitores menores de idade. A média percentual dos aptos a votar em relação ao universo de jovens na região, em todas as eleições, a partir de 1992, é de 46%. Já no Sudeste, o índice é de 32%, enquanto que no país, a média é de 40%.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
O emprego eleitoral
Por Carla Seixas
O período eleitoral vem carregado não só de disputa por voto, mas também pela “briga” por uma vaga no agora amplo mercado de trabalho gerado pelos políticos. É, sem dúvida, uma fase onde a oportunidade de ocupação - muitas vezes tão prometida nos comícios e caminhadas - realmente acontece. As vagas não são, para a maioria, de grandes remunerações. Mas auxiliam, sim, muitas famílias a saírem do sufoco, mesmo que seja apenas enquanto duram as promessas eleitorais. Os comitês - a maioria ainda em fase de organização - concentram grande fluxo de pessoas atrás de uma oportunidade. Na crença de muitos dos que prestam serviço informal a cada dois anos está a possibilidade de contratação em algum órgão público, caso o candidato-patrão seja eleito e chegue ao poder.
É o caso de Jorge Henrique da Silva Barbosa, 23 anos, que hoje trabalha segurando bandeira durante seis horas por dia, para o postulante do PT à Prefeitura do Recife, João da Costa, mas alimenta a esperança de, depois da disputa pelos votos, tendo o seu candidato conquistado a vitória, conseguir com ele uma colocação com carteira assinada. “Recebo em torno de R$ 190 por quinzena. Já estava há quatro meses sem emprego”, diz. Uma das coordenadoras da campanha petista, Ada Siqueira alega que a parte interna do comitê e produção da campanha já emprega cerca de 40 pessoas, entre digitadores, motoristas e auxiliares de escritórios. “As remunerações variam de acordo com a função”, diz.
O coordenador da campanha do deputado peemedebista Raul Henry à Prefeitura do Recife, Marcos Batista, alega que apenas com a inauguração do comitê é que as pessoas serão efetivamente contratadas. “Só a parte de comunicação deve comportar cerca de 30 pessoas. As outras vagas, como para panfletagem, motoristas, distribuidores de cavaletes virão mais fortemente em seguida. A remuneração média para esse pessoal é de um salário mínimo (R$ 415)”. O teto previsto para os gastos da campanha de Raul é de R$ 3,7 milhões, dos quais 20% devem bancar as contratações feitas. Carlos Alberto Alves, 29 anos, é um dos que já conseguiram ocupação nesta época do ano. “Saio diariamente por volta das 7h para fazer a distribuição dos cavaletes. Também sou responsável pela fiscalização desse material”, diz ele que, pela primeira vez, atua como temporário de eleição com o candidato Raul Henry por R$ 415.
Foi também na esteira da corrida eleitoral que Rosinaldo Francisco dos Santos, 33 anos, dos quais os dois últimos desempregado, conseguiu uma ocupação. Ele é motorista da equipe do candidato do PSC, Carlos Eduardo Cadoca, cargo que conseguiu pela segunda vez. “Trabalhei no grupo da eleição de 2004. A carga horária é de sete, oito horas por dia, com salário entre R$ 600 e R$ 800 por mês. Vinha trabalhando fazendo alguns bicos, mas a eleição é um período muito bom para mim. O mercado de trabalho está muito difícil, mesmo a gente tentando se qualificar”, diz ele, que hoje tem nessa fonte de renda o apoio para cuidar de dois filhos. O crescimento dentro do quadro nas equipes também é possível e almejado por boa parte dos contratados. “Já carreguei bandeira e hoje trabalho dentro do comitê. Foi um reconhecimento do meu trabalho”, diz o Sérgio Gomes da Silva, 32 anos, que também trabalha para Cadoca. João Paulo dos Santos Coelho, 22 anos, atua pela primeira vez na função de carregador de bandeira por R$ 25 por dia. “Desde os 20 anos que procuro emprego. Não consegui nenhum com carteira assinada até agora. O dinheiro que estou recebendo aqui ajuda muito”, reforça ele, hoje responsável por expor a imagem do candidato do DEM, Mendonça Filho, segurando bandeira nas vias da cidade. Para a professora particular de espanhol Bárbara dos Santos, 25 anos, segurar bandeira no período eleitoral foi uma saída para se contrapor às férias escolares quando o movimento dos alunos cai. “É a primeira vez que trabalho. É uma ajuda”, diz ela que é contratada pelo candidato Mendonça Filho. A equipe democrata estima contratar 100 pessoas e gastar com serviços terceirizados de publicidade cerca de R$ 1,1 milhão.
domingo, 20 de julho de 2008
JSB de Cedro se reune para dialogar com Neguinho de Zé Arlindo

Mais de 600 jovens se reuniram em Cedro, no sertão de Pernambuco, para dialogar e propor ações ao candidato a Prefeito Neguinho de Zé Arlindo e a alguns vereadores. Dentre as propostas estavam a criação da Secretaria de Juventude, melhoria do Conselho da Juventude e integração das ações transversais para juventude no município.
O encontro começou na zona rural, no sítio Recanto e terminou com uma grande passeata pelo centro da Cidade.



sexta-feira, 18 de julho de 2008
GRANDE CARREATA DA ZONA NORTE DE JOÃO DA COSTA e MILTON COELHO
Roteiro: Arruda, Agua Fria, Bomba do Hemetário, Vasco da Gama, Nova Descoberta e Casa Forte.
obs: o adesivamento de carros estão sendo feito no comitê proximo ao conservatório de musica na av. Joao de Barro e no local da carreata.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Maioria dos prefeitos eleitos deverá ganhar mais que Lula
Por André Luís Nery Do G1, em São Paulo
A maioria dos prefeitos a serem eleitos neste ano deve começar o mandato, em 2009, com um salário superior ao do presidente da República. Confira no final do texto, a tabela com os salários dos atuais prefeitos das capitais.Esse número ainda poderá crescer porque, no final do ano, as câmaras municipais deverão fixar a remuneração dos chefes dos executivos municipais para o próximo mandato. Atualmente, segundo levantamento do G1, 19 dos 26 prefeitos têm salário superior ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ganha R$ 11.420 por mês. A diferença entre a maior e a menor remuneração entre os prefeitos de capitais chega a 183%.
Hoje, a maior remuneração é a do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), que recebe R$ 23,904 mil. No entanto, desde o ano passado, o tucano devolve parte do subsídio (R$ 5.263,18) ao município, segundo informou a assessoria da prefeitura. O salário bruto de Richa é 183% maior do que o de seu colega de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), o que ganha menos entre os prefeitos das capitais (R$ 8,441 mil). Segundo o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a diferença salarial não é restrita aos prefeitos das capitais. "Isso também existe nos outros mais de 5 mil municípios brasileiros. Há casos de municípios de 10 mil habitantes em que o prefeito ganha R$ 10 mil e outros com 30 mil habitantes em que o prefeito ganha R$ 4 mil", afirmou Ziulkoski ao G1. Em 2007, Richa chegou a mandar um projeto para a Câmara Municipal propondo a redução do seu subsídio, mas, em razão de a lei determinar que o salário deve ser estabelecido no mandato anterior, os vereadores arquivaram o projeto. Para a próxima legislatura, o salário do prefeito de Curitiba será de R$ 24,5 mil . Em junho, a Câmara de Vereadores da capital paranaense aprovou um reajuste de 2,4% para o prefeito e de 50% para o vice, passando de R$ 8,9 mil para R$ 13,4 mil.
Mais de R$ 15 mil
O prefeito de São Luís, Tadeu Palácio (PDT), recebe R$ 19,1 mil, e o de Manaus, Serafim Corrêa (PSB), R$ 18 mil. Outros cinco prefeitos de capitais - Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, João Pessoa e Macapá - têm vencimento igual ou maior que R$ 15 mil.
Menos que Lula
Segundo informações fornecidas pelas assessorias, apenas os prefeitos de Florianópolis(R$ 8,441 mil), Salvador (R$ 8,586 mil), Maceió (R$ 9,24 mil), Belém (R$ 9,4 mil), Teresina (R$ 10,241 mil), Vitória (R$ 10,5 mil) e Rio de Janeiro (R$ 11,223 mil) recebem menos do que Lula. Diferentemente do caso dos vereadores, a Constituição não estabelece um limite específico para a remuneração dos prefeitos. Conforme a Constituição, o teto para a remuneração de todos os agentes públicos é o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): R$ 25,725 mil. No caso do subsídio dos vereadores, segundo a Constituição Federal, deve ser fixado pelas respectivas câmaras municipais em cada legislatura para a subseqüente, observando os limites máximos de remuneração, de acordo com o número de habitantes do município.

segunda-feira, 7 de julho de 2008
DEVEMOS SER A MUDANÇA QUE QUEREMOS VER NO MUNDO
Em homenagem a Gandhi, Bretch e Chico Science
Para todos e todas que ainda acreditam que podemos transformar com nossas próprias mãos e atitudes esse mundo desigual
Mal começou o período eleitoral e a cidade já está cheia de políticos querendo comprar votos e lideranças comunitárias. Se aproveitam das difíceis condições de nosso povo para desmoralizá-lo por completo, pois quem vende o voto vende também a sua opinião e o seu poder de decidir. E quem vende suas opiniões, negocia, no fundo, a sua alma, fica humilhado moralmente. No caso da liderança que se vende, "para conseguir um trocadinho extra", é ainda pior, pois ela engana o seu bairro, a sua comunidade, seus amigos. Diz para todos para votar em fulano, não porque acredita nele, mas simplesmente porque ele pagou a ela para dizer isso.
E assim tudo permanece como está: os endinheirados financiam os candidatos, que fazem campanhas milionárias, compram votos e lideranças, são eleitos, e depois devolvem a grana para os endinheirados através de licitações fraudulentas, malas pretas ou dinheiro na cueca. Na próxima eleição o ciclo se repete novamente.
Grande parte das pessoas, sabidas que são, percebem tudo isso, mas invés de se movimentarem para mudar essa situação preferem se acomodar e viver sua vida particular.
Para todos que pensam diferente, que não aceitam esse dinheiro sujo, que sonham em um mundo diferente – mais justo e igualitário para todos – e estão dispostos a construir esse mundo novo desde já, não podemos ficar parados! Para todos nós, que nos indignamos com as injustiças de nosso tempo: pessoas passando fome, desempregadas, a juventude se acabando com as drogas, o descaso com a saúde, banqueiros e agiotas lucrando milhões em cima do povo – não podemos ficar parados!
Época de eleição é também época de discutir com as pessoas sobre importância do voto consciente e da organização popular como as formas de se contrapor ao poder das elites. Se contrapor ao poder econômico, que compra políticos e votos, e também ao poder cultural que incentiva a todos a serem pessoas individualistas, competitivas ao extremo, sem respeito ao meio ambiente. Os capitalistas não vêm as pessoas como cidadãos, e sim como consumidores. Como já disse Frei Betto, o lema das elites é "consumo, logo existo" – só respeitam as pessoas que tem dinheiro para comprar os seus produtos.
Muitos de nossos amigos e conhecidos sucumbem às idéias e tentações das classes dominantes. Passam a se comportar de forma egoísta, não respeitam o próximo e tentam levar vantagem em tudo. Outros enchem a boca para dizer "eu odeio política": não sabe ele que o preço do arroz, do feijão, a escola sucateada, a exploração no emprego, tudo isso tem a ver com política.
Devemos ser mudança que queremos ver no mundo. Se queremos um mundo justo, devemos ser justos desde já. Se quisermos um mundo onde as pessoas não sejam corruptas, não podemos nos vender; se somos a favor da paz, devemos ser pacíficos, se queremos relações solidárias entre todos, já podemos começar com as pessoas a nossa volta.
É tempo de construirmos o novo, de mudarmos o mundo com nossas próprias mãos e atitudes. Dar um passo à frente, e sair do mesmo lugar!Por Giliate Coelho
quinta-feira, 3 de julho de 2008
PSB disputa prefeituras em sete capitais brasileiras
Do site do Partido Socialista Brasileiro - PSB
Cuiabá e Porto Velho foram as últimas capitais a homologar candidaturas próprias do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em convenções que aconteceram nesta segunda-feira (30) – fim do período permitido pelo Superior Tribunal Eleitoral –, foram confirmados os nomes dos deputados federais Valtenir Pereira e Mauro Nazif, respectivamente. Convenções realizadas anteriormente já haviam homologado cinco outras candidaturas do Partido a prefeitura de capitais. São elas Macapá, com Camilo Capiberibe; Belo Horizonte, com Márcio Lacerda; além de Boa Vista, com Iradilson Sampaio; João Pessoa, onde disputa Ricardo Coutinho; e Manaus, que tem Serafim Corrêa como candidato. Nestas três últimas cidades, o Partido concorre à reeleição. Composições Em diversas cidades o PSB não encabeçou chapas, mas vai apoiar candidatos do Bloco de Esquerda e de partidos da base aliada, a exemplo do Partido dos Trabalhadores (PT). Em Salvador, um ato público confirmou a aliança do PSB com o PT, Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) e homologou a candidatura a prefeito do deputado federal Walter Pinheiro (PT), que terá como candidata a vice-prefeita a deputada federal Lídice da Mata (PSB). Em São Paulo, o PT confirmou a candidatura da ex-prefeita e ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy. O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) será candidato a vice-prefeito. Durante a convenção foi confirmada também a aliança do PSB com o PT, PCdoB e Partido Republicano Brasileiro (PRB). Em Belo Horizonte, o socialista Márcio Lacerda, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio Neves, teve seu nome homologado para concorrer à prefeitura da capital mineira. O vice será o deputado estadual Roberto Carvalho (PT). De acordo com o 1º secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira, a previsão é que o Partido contabilize nos próximos dias cerca de mil candidatos a prefeito e dez mil candidatos a vereador em todo o país. Atualmente o PSB administra prefeituras em quatro capitais brasileiras – Boa Vista , João Pessoa, Manaus e Natal, 174 municípios e conta ainda com 1.889 vereadores. "Estamos trabalhando para eleger 300 prefeitos e conquistar três mil vagas nas câmaras municipais", explicou Siqueira.
Priscila Rocha e Gustavo Sousa - Assessoria de Comunicação do PSB
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Gonzaga Patriota é o candidato do PSB à prefeitura de Petrolina
O resultado só foi conhecido com a abertura da última urna, depois das 19h30. Em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco, o deputado declarou que espera o comprometimento do prefeito para apoiá-lo, já que ambos decidiram e ficou documentado que quem perdesse apoiaria o vencedor. “Até porque foi uma decisão de partido. Vamos ter agora um mês para iniciar os entendimentos com as outras legendas que formarão a maior frente que Petrolina já teve em toda a sua história de eleições municipais”, destacou.
Gonzaga trabalhará para conseguir a adesão de outras forças políticas da região. Como o candidato do PDT, sargento Quirino, que poderá desistir da candidatura para apoiar o socialista. Caso isso ocorra, a disputa polarizará com o candidato do PMDB, Júlio Lóssio.Letícia Alcântara/ Repórter
domingo, 15 de junho de 2008
É Correia neles !!!

Blog de Jamildo de 14/01/2008
O líder Miguel Arraes sabia a importância dos acordos para enfrentar com condições reais o processo eleitoral. Assim como Eduardo Campos, que para se sair vitorioso na ultima eleição, teve que dialogar com os mais diversos atores e fez uma frente plural e ampla, o que deu condições para sairmos vitoriosos do difícil processo eleitoral. Essa frente foi duramente criticada pelo candidato da esquerda, Edilson Silva que não admitia a importância das alianças e não admitia acordo com setores mais conservadores. Hoje, cobre o representante da direita, Clovis Coreia de elogios, citando-o inclusive como exemplo de ética e moralidade no nosso Estado.
Já posso ate imaginar a cena durante a campanha: Heloísa Helena e Edilson Silva, novamente num barquinho sob as águas do capibaribe, como em 2006 durante as eleições passadas, porém, eles não estão sozinhos, ou acompanhados de um garoto como no passado. Desta vez Clovis Correia irá conduzindo o leme e, lembrando os programas dominicais de Silvio Santos, perguntará aos espectadores "Quem quer dinheiro?" e lançará notas e santinhos do candidato do PSOL. Ainda no campo da imaginação, deixo uma pergunta: Se o primeiro aliado do PSOL é Clovis Correia da Direita, quem será o próximo a entrar nessa frente? Façam suas apostas.
Pois é companheiros, o processo eleitoral está só começando. Muita agua vai rolar por baixo da ponte e do jeito que as coisas estão, agua e muito dinheiro.
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