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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Governo garante aulas de música a jovens carentes

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, deu início às atividades do projeto Orquestrando Pernambuco, no Centro da Juventude de Santo Amaro. A ação é resultado de parceria entre o Conservatório Pernambucano de Música e o Tacaruna Social e vai proporcionar formação musical gratuita a 50 meninos e meninas entre 7 e 15 anos.

O Conservatório Pernambucano de Música disponibilizará os professores, instrumentos musicais e fardas. O Tacaruna Social doará instrumentos de corda. Coube à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos oferecer o espaço físico onde as aulas são ministradas e, por meio do Instituto de Apoio Técnico Especializado à Cidadania, o custeio da alimentação, despesas básicas, assim como o pagamento da equipe técnica que coordenará o curso.
Para o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Roldão Joaquim, a parceria representa mais uma iniciativa que irá beneficiar moradores de áreas carentes do Recife. “Quando nos deparamos com um projeto tão bonito, não tivemos dúvida em abraçá-lo. O passo seguinte foi construir essa parceria com a Secretaria de Educação, à qual está ligada o Conservatório Pernambucano de Música, e com o Tacaruna Social. Tínhamos o espaço físico. Por que não fazer dele um palco onde podem brilhar novos talentos?”.
Aproximadamente, 100 crianças participaram da primeira etapa da seleção para o curso, que contará, inicialmente, com alunos do bairro de Santo Amaro. Numa etapa posterior, serão atendidos jovens dos Coelhos e de Brasília Teimosa. A proposta do Governo é levar também a ação ao Interior. A primeira cidade a ser beneficiada é Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú.
A moradora do bairro de Santo Amaro e mãe de um dos inscritos no processo de seleção, Maria do Carmo, vê nesta ação do Governo uma oportunidade para ocupar o filho que está ocioso. “Ele fazia um curso de grafitagem. Era muito bom, mas as aulas foram encerradas. Agora, quero que ele tenha acesso a esta nova oportunidade de contato com a arte”, disse ela.
O diretor-presidente do Conservatório Pernambucano de Música, Sidor Hulak, vê no projeto uma proposta de inclusão, “que vai significar uma trilha para muitos jovens que podem ter acesso ao mercado de trabalho por meio da música. A ação também levará a música erudita às comunidades, amplificando o papel da instituição da qual fazemos parte”.
Sirleide Reis, coordenadora geral dos Centros da Juventude, que participou da cerimônia de abertura e início dos processos de seleção para o curso, julga importante a confiança que as pessoas estão depositando na iniciativa. “Isto só nos motiva a levar adiante ações que com certeza trarão resultados muito significativos do ponto de vista social”.
Dia-a-adia - Os alunos assistirão a aulas de instrumentos de cordas (violão, viola e contrabaixo) e integrarão um coral. Em Santo Amaro, o programa será desenvolvido no espaço do Centro da Juventude, programa incluído no Vida Nova e no Pacto Pela Vida, que objetiva retirar crianças e adolescentes da rua. O curso terá uma duração média de 10 anos, propiciando aos alunos contato com a música erudita, bem como oportunidade de atuação profissional na área.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Caravana da Saúde, Educação e Cultura divulga roteiro

O ônibus deve passar por 41 universidades nos 26 estados e no Distrito Federal

Nesta segunda-feira (21), a comissão organizadora da Caravana da Saúde, Educação e Cultura da UNE divulgou o roteiro com todas as universidades que serão visitadas e com a programação de debates de cada uma.

A Caravana começa no dia 11 de agosto, data em que se comemora o Dia do Estudante, partindo do Rio de Janeiro (RJ). O lançamento ocorrerá no terreno da UNE e da UBES, na Praia do Flamengo, 132. Durante o evento serão realizadas várias atividades e intervenções culturais.

Seu principal objetivo é realizar, em 41 universidades públicas e privadas nos 26 estados do País e no Distrito Federal, debates sobre saúde, educação e cultura, com foco na realidade da juventude brasileira, além de elaborar propostas para políticas públicas que atuem de maneira mais eficiente nessas áreas. O encerramento acontecerá no dia 27 de novembro, em Brasília (DF).

Confira abaixo o roteiro:

AGOSTO

RIO DE JANEIRO
12 – Terça-feira – UFRJ
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

14 - Quinta-feira - Estácio de Sá
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura.

ESPÍRITO SANTO
18 – Segunda-feira - UFES
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

MINAS GERAIS
20 - Quarta-feira - UFMG
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura.

22 – Sexta-feira - PUC
Manhã - Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite - Saúde, educação e cultura.

SÃO PAULO
26 – Terça-feira - USP
Manhã - Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite - Saúde, educação e cultura.

28 – Quinta-feira - UNINOVE
Manhã – UNINOVE - Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite – UNIP - Saúde, educação e cultura.

SETEMBRO

PARANÁ
01 – Segunda-feira – PUC
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura

SANTA CATARINA
03 - Quarta-feira - UFSC
Manhã - Direitos sexuais e reprodutivos e a violência de gênero
Noite - Saúde, educação e cultura.

RIO GRANDE DO SUL
05 – Sexta-feira - UFGRS
Manhã - Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite - Saúde, educação e cultura.

MATO GROSSO DO SUL
09 - Terça-feira - UFMS
Manhã - Saúde e sexualidade
Noite - Saúde, educação e cultura.

MATO GROSSO
11 - Quinta-feira - UFMT
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

RONDÔNIA
16 - Terça-feira - UNIR
Manhã - Saúde e sexualidade
Noite - Saúde, educação e cultura.

ACRE
19 – Sexta-feira - UFAC
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

AMAZONAS
23 - Terça-feira - UEA
Manhã - Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite - Saúde, educação e cultura.

RORAIMA
26 - Sexta-feira -UFRR
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura.

AMAPÁ
30 – Terça-feira - UNIFAP
Manhã - Saúde e Sexualidade.
Noite - Saúde, educação e cultura.

OUTUBRO

PARÁ
03- Sexta-feira - UNAMA
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

MARANHÃO
08 - Terça-feira – UFMA
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura

PIAUÍ
10 – Sexta-feira – UFPI
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública
Noite - Saúde, educação e cultura.

CEARÁ
14 - Terça-feira – UFC
Manhã - Violência de gênero e exploração sexual.
Noite - Saúde, educação e cultura.

RIO GRANDE DO NORTE
17/10 – Sexta-feira – UFRN
Manhã - Saúde e sexualidade.
Noite - Saúde, educação e cultura.

PARAÍBA
21 – Terça-feira - UFPB – João Pessoa
Manhã - Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite - Saúde, educação e cultura.

24 – Sexta-feira - UEPB – Campina Grande
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura

PERNAMBUCO
28 – Terça-feira – UNICAP
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

30- Quinta-feira – UFPE
Manhã - Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite - Saúde, educação e cultura.

NOVEMBRO

ALAGOAS
03 - Segunda-feira – UFAL
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura.

SERGIPE
05 – Quarta-feira – UFS
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

BAHIA
07 – Sexta-feira – UFBA
Manhã - Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite - Saúde, educação e cultura.

11 – Terça-feira - UCSAL
Manhã - Drogas – Legalizar ou não?
Noite - Saúde, educação e cultura.

TOCANTINS
14 – Sexta-feira – UFT
Manhã - Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite - Saúde, educação e cultura.

GOIÁS
18 – Terça-feira – Católica de Goiás
Manhã - Saúde e Sexualidade.
Noite - Saúde, educação e cultura.

20/11 – Terça-feira - UFG
Manhã - Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite - Saúde, educação e cultura.

DISTRITO FEDERAL
27/11 - Quinta-feira – UnB - Encerramento
Saúde, educação e cultura



Da Redação

http://www.une.org.br/

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Curso de História da Arte

Da busca pela perfeição na Antiguidade Clássica ao pontilhismo matemático presente no Pós-Impressionismo, a História da Arte Ocidental será o tema deste curso proposto pela Professora Doutora Marília de Azambuja Ribeiro.

Professora do Curso de História da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), graduada em Letras e mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutorou-se em História pela Universidade de Florença, Itália. Atualmente realiza suas pesquisas no âmbito da História Social da Cultura.

PROGRAMA
Iº MÓDULO: Da Antiguidade ao Renascimento (18hs)
26/07 - AULA 1: A Arte Grega e os fundamentos da tradição artística ocidental
02/08 - AULA 2: O Helenismo e a Arte Romana
09/08 - AULA 3: O Românico
06/09 - AULA 4: O Gótico
13/09 - AULA 5: O Renascimento Italiano e o problema do retorno aos antigos
20/09 - AULA 6: O Renascimento Europeu

IIº MÓDULO: Do Maneirismo à ruptura com a tradição (18hs)
18/10 - AULA 1: O conceito de "Maneirismo"
25/10 - AULA 2: O Barroco
1º/11 - AULA 3: Barroco e Rococó
08/11 - AULA 4: O Neoclassicismo e Romantismo
22/11 - AULA 5: O Realismo e o Impressionismo
29/11 - AULA 6: O Pós-Impressionismo

Local: Auditório do Instituto Ricardo Brennand
Hora: das 14 às 17h
Investimento: R$50,00 (por cada módulo)
Cada módulo tem 18 horas. Ambos possuem independência um do outro, possibilitando ao aluno cursar apenas um. Para quem desejar obter uma formação completa poderá se inscrever nos dois módulos.

Inscrições: Via depósito identificado na conta corrente:
Bradesco C/C 120 264-2 Ag. 0289-5 favorecido Instituto Ricardo Brennand
É necessário enviar comprovante de depósito com nome e telefone por fax para o 2121-0370 ou digitalizado para: agendamento@institutoricardobrennand.org.br.
Informações: 2121-0352/2121-0354(falar com Ruth)

Pernambuco representa o Brasil em festival de cultura em Cuba

O Governo do Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), levou para o 28º Festival Del Caribe, evento que aconteceu entre os dias 3 e 9 de julho, em Santiago de Cuba, representantes da cultura popular pernambucana para uma troca de experiências. Bete de Oxum, do Coco de Umbigada; Mestre Afonso, do Maracatu Leão Coroado; e Manoel Papai, do Sítio Pai Adão, integraram a delegação. A presidente da Fundação, Luciana Azevedo, também participou comandando uma mesa sobre o modelo de política pública adotado no Estado, chamado Pernambuco Nação Cultural.

A tradicional festa caribenha reuniu, em 2008, todos os países que integram a região e delegações convidadas, além do Brasil – representado pela delegação pernambucana. Ao todo, foram 22 nações representadas numa festividade que contou com mesa de discussão, debates, conferências e apresentações simultâneas em dezenas de locais da cidade.

Além de participar das discussões, a delegação da Fundarpe articulou uma maior integração entre Pernambuco e Santiago de Cuba, regiões que apresentam diversas características semelhantes, além da riqueza de manifestações artísticas populares. "Somos (Pernambuco e Santiago de Cuba) formados por uma população que luta pelos seus ideais, com uma imensidão de manifestações culturais. Além das semelhanças na dimensão territorial, nos parecemos fisicamente com os cubanos", declarou Luciana Azevedo na conferência que realizou na terça-feira (8).

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Porto das Letras – Programação Junho/2008


A Fundação de Cultura oferece mais um espaço literário na cidade do Recife, o Porto das Letras, na sede da Gerência Operacional de Literatura e Editoração, localizada na Av. Rio Branco, nº 76 A, no Bairro do Recife.

Além de manter as atribuições da Gerência, a casa funciona como um local disponível à convivência entre escritores, poetas e público leitor.

Neste mês de junho, o Porto das Letras, prosseguindo as suas atividades, realizará no dia 26, às 17h, o seu café literário convidando o poeta Delmo Montenegro, a falar sobre As Guerras Invisíveis: o que está acontecendo nos bastidores da Novíssima Poesia Brasileira.

Serviço: Roda de conversa com Delmo Montenegro

Local: Av. Rio Branco, 76 A

Bairro do Recife

Quinta, 26 de junho de 2008 17 horas

terça-feira, 17 de junho de 2008

Seminário - Mutações

O Centro Josué de Castro (CJC) estará promovendo, em julho, o Seminário Mutações: Novas Configurações do Mundo, Cultura e Pensamento em Tempos de Incerteza. O evento contará com o economista Francisco Oliveira e o filósofo Franklin Leopoldo e Silva.
As inscrições podem ser feitas no CJC, Rua de São Gonçalo, 118, Boa Vista. Mais informações: 3423.2800.

domingo, 15 de junho de 2008

Plano Nacional de Cultura: realidade ou ficção?


Eleilson Leite


Vivemos a iminência da aprovação do Plano Nacional de Cultura (PNC). O documento é objeto de projeto de lei que está em tramitação na Câmara dos Deputados desde de 2007, e que tem como relator o deputado Frank Aguiar (PTB/SP). Previsto na Constituição desde 2005, quando foi aprovada a Emenda 48, o PNC vem sendo elaborado de forma participativa. Instâncias criadas pelo ministério da Cultura (como conselhos, grupos de pesquisa e câmaras setoriais) têm produzido uma série de colaborações. Faz parte do esforço participativo a incorporação de resoluções e recomendações propostas na I Conferência Nacional de Cultura, realizada em 2005, bem como fóruns e redes da sociedade civil.

O ministério da Cultura (MinC) acaba de lançar uma sistematização do que vem sendo discutido desde 2003. Denominado Diretrizes Gerais, tal documento contempla o debate parlamentar e ordenará as discussões em torno do PNC daqui por diante. Publicado em parceria com a Câmara dos Deputados, o texto foi lançado na última terça-feira (03/06), num evento que também deu posse a um conselho, que assessorará a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura. A perspectiva é que o PNC seja aprovado ainda em 2008 e comece a ser impementado a partir de 2009, orientando os planos segmentados e regionais. Para o ano que vem está prevista a realização da II Conferência Nacional de Cultura, onde todo o processo se consumará. Se tudo caminhar como o Minc está planejando, será um marco histórico para a política de cultura no Brasil. Aliás, teremos pela primeira vez na história “deste país”, uma política de cultura.

Baixei o texto das Diretrizes Gerais do site do ministério da Cultura. Pretendo lê-lo com atenção e comentá-lo de forma mais detalhada em outra oportunidade, aqui mesmo neste espaço. Mas quero, desde já, sugerir aos que têm interesse no tema das políticas culturais: dediquem seu tempo à leitura do documento. Talvez possamos estabelecer, nesta coluna, um debate sobre o assunto. É um catatau de 90 páginas em formato A4. A escrita parece agradável, sem aquele ranço de texto institucional chapa branca. Além disso, é fundamentado com recentes pesquisas do IBGE e IPEA sobre a cultura no Brasil. Vale a pena.

Até que ponto as diretrizes do MinC serão efetivas? Não há, por enquanto, canais por onde as orientações e o debate fluam. Gil parece apostar na possibilidade de uma virada

Diante de tão alvissareira notícia, pus-me a refletir sobre a relação Estado-Cultura e as políticas públicas para o setor. Até que ponto, as diretrizes do MinC podem ter efetividade? Não há um duto por onde essas orientações possam fluir. Segundo pesquisa do IBGE, apenas 4,2% dos municípios brasileiros possuem uma secretaria exclusiva para a Cultura. Embora essa mesma pesquisa tenha revelado que 57,9% dos municípios têm política cultural, na grande maioria das cidades brasileiras (72%) a cultura é um departamento dentro de órgãos que acumulam as funções do esporte, educação, entre outras áreas.

Se pensarmos em diretrizes curriculares para a educação, fica fácil imaginar sua implantação. Existe um sistema educacional com suas instâncias — a principal delas, a unidade escolar, é a ponta de uma rede de transmissão que começa no gabinete do ministro da Educação. Na Saúde é a mesma coisa: tem o SUS. Na área do trabalho, há o Sistema Público de Emprego, e por aí vai. E na Cultura? O MinC está apostando na idéia de Sistema Público de Cultura, integrando municípios e estados. Será que isso pode funcionar? A dotação de verba para Saúde e Educação está prevista em lei federal, cuja violação já derrubou muito governante por aí. E as verbas são volumosas, porque manter escola e hospital exige muito investimento. Cada unidade de saúde ou educacional está rigorosamente conectada ao sistema – dinheiro, normas, diretrizes. Será que na área cultural é possível a adoção de semelhante arranjo institucional?

O Ministro Gilberto Gil crê nessa possibilidade. O PNC tem um horizonte de implantação de 10 anos, e tanto o ministro como o Plano guardam coerência com uma visão moderna do Estado na área de Cultura. Essa relação baseia-se na idéia do direito do cidadão. A filósofa Marilena Chauí nos ensina que cabe ao Estado, “assegurar o direito de acesso às obras culturais produzidas, particularmente o direito de fruí-las, o direito de criar as obras, isto-é, produzi-las, e o direito de participar das decisões sobre políticas culturais” [1]. É importante disseminar essa concepção. O PNC cumpre bem esse papel. Minha preocupação é a efetividade. Se não ganhar o município, nada disso vai funcionar. E é o município quem faz o investimento público. O documento das Diretrizes gerais aponta que apenas 12,6% das verbas da cultura são de origem federal; 32,4% são estaduais e 55% vêm das cidades.

É nas cidades que estão as periferias, onde as diferenças sociais explicitam-se. PNC foi lançado nos palácios de Brasília. É preciso trazê-lo para onde pulsa a vida cultural do país

E é nas cidades que existem as periferias, onde as diferenças sociais explicitam-se. É lá que a disputa acontece, onde a luta de classes se manifesta. Como lembra Marilena: “a política cultural definida pela idéia de cidadania cultural (…) se realiza como direito de todos os cidadãos, direito a partir do qual a divisão social das classes, ou luta de classes, possa manifestar-se e ser trabalhada porque, no exercício do direito à cultura, os cidadãos, como sujeitos sociais e políticos, se diferenciam, entram em conflito, comunicam e trocam suas experiências, recusam formas de cultura, criam outras e movem todo o processo cultural” [2].

O documento das diretrizes para o PNC foi lançado em Brasília nos salões da Câmara e vem circulando nos palácios de Brasília, objeto de discussões ainda bem elitizadas. É preciso que efetivamente ele desça. É preciso que a discussão seja feita “nas bases”, como diríamos antigamente. A idéia é boa, ousada, corajosa. Mas é preciso muito mais combustível político para o PNC deslanchar e se tornar uma referência efetiva para a cultura no Brasil. Esse é o limite para que o Plano se mantenha real e não uma bela

Eleilson Leite é colunista do Caderno Brasil de Le Monde Diplomatique


[1] Chauí, Marilena. Cidadania cultural: O direito à cultura. Editora da Fundação Perseu Abramo, São Paulo, 2006

[2] Idem

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Rumos Educação, Cultura e Arte - Programação


Cotidianamente, em todo o país, educadores atuam junto aos mais diversos públicos na promoção de atividades de formação em diferentes campos e criam situações em que a participação do educando é essencial. Esses educadores são profissionais de várias áreas que partilham suas experiências fora do espaço escolar, possibilitando a ampliação dos universos social, cultural e econômico dos envolvidos.
As ações no contexto da educação não-formal envolvem diferentes áreas de conhecimento. O programa Rumos Educação Cultura e Arte pretende mapear e valorizar as ações educativas no contexto não-formal que estejam nos campos da cultura e da arte.
Nesta segunda edição do programa Rumos Educação, Cultura e Arte pretende-se identificar as experiências voltadas para os mais diversos tipos de públicos, desenvolvidas tanto por organizações da sociedade civil como por museus e instituições culturais.O programa Rumos Educação, Cultura e Arte visa mapear e valorizar os educadores e as experiências, criadas e colocadas em prática por eles no âmbito da educação não-formal. As ações nesse contexto são fundamentais para a experimentação na educação, para a transformação pessoal e profissional dos participantes e para o desenvolvimento sociocultural no Brasil.




PROGRAMAÇAO RECIFE
12 de junhoLocal: Museu da AboliçãoR. Benfica, 1150 – Madalena
10h - Rumos Educação, Cultura e Arte – Espaços da Cultura, Espaços da Educação
Palestra com Guilherme Vergara
14h30 - Rumos Educação, Cultura e Arte - Encontro com Educadores de Museus
Palestra com Marcelle Pereira
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13 de junhoLocal: Museu do EstadoAv. Rui Barbosa, 960 - Graças
9h às 12h - Rumos Educação, Cultura e Arte – Aula-espetáculo com
Os Tapetes Contadores de Histórias15h - Sessão de histórias Cabe na mala?
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