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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eduardo inaugura obras em Araripina

No primeiro dia de sua viagem ao Sertão do Araripe, o governador Eduardo Campos esteve em Araripina , ontem, para entregar à população a Escola de Referência Josias Inojosa de Oliveira, o novo prédio da 23a Ciretran e a nova sede do Distrito Industrial da cidade que, juntos, somam investimentos no valor de quase R$ 3 milhões feitos pelo Governo do Estado.


A Escola de Referência, abriga 402 alunos que estudam em regime integral e 16 professores, que esperavam há dois anos pelo novo prédio. Cerca de R$ 1,5 milhão foram investidos, adequando a estrutura para um ensino de qualidade. O prédio conta com 16 salas de aula, biblioteca, refeitório e laboratórios de ciências, matemática, física e informática. A quadra coberta fica pronta dentro de alguns dias. Antes, o Josias Inojosa funcionava em estrutura alugada, no SESI de Araripina.


No modelo integral, o estudante do ensino médio passa o dia inteiro na escola, com aulas nos dois turnos - são 45 horas/aula semanais. Também são exploradas atividades sociais e de lazer e os estudantes fazem as três refeições na unidade. Os professores lotados nessas unidades também têm remuneração diferenciada, já que trabalham com regime de exclusividade.


A inauguração da escola foi marcada por uma grande festa organizada pelos alunos e professores para receber o Governador e o secretário de Educação Danilo Cabral. "Hoje Pernambuco conta com 103 escolas como esta espalhadas não só pela Região Metropolitana, mas também pelo interior do Estado. Quando assumimos o Governo, eram apenas 13", frisou Cabral. Atualmente, 42 mil alunos estão inscritos nestas 103 escolas. A meta é elevar este número para 100 mil, ao final de 2010


Jônatas Gomes, 16 anos, está cursando o 20 ano do ensino médio. "Estou muito feliz aqui. Essa escola passa não só o conteúdo didático, mas forma cidadãos que vão fazer, de fato, diferença na sociedade", disse o jovem, que pretende ser psicólogo.


Durante a solenidade, Eduardo e Danilo fizeram a entrega simbólica de um notebook à professora Francisca Gomes e de um kit escolar à aluna Vitória Regina. Eduardo Campos falou da importância desse equipamento para melhorar a qualidade das aulas. "A gente vê as coisas na educação tomando o rumo que desejávamos. Escola é feita de gente antes de ser feita de pedra e cal", afirmou.


Satisfeitos também estavam os professores. Segundo eles, alunos de escolas privadas estão procurando uma vaga no Josias Inojosa. "Essa valorização que o Governo tem dado à educação, termina estimulando a todos. Os alunos estão bem motivados, e passam isso para os pais, que também têm se envolvido, estão presentes nas reuniões e até ajudam na realização de eventos. Esse é o grande diferencial dessa gestão", disse o professor de Inglês, Ricardo Marques.

Distrito Industrial - Para fomentar a instalação de indústrias no interior do Estado, o Governo de Pernambuco vem investindo na revitalização e na criação dos distritos industriais das cidades. O de Araripina foi recuperado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - AD Diper, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que investiu R$ 1,3 milhão.


O parque ganhou nova sinalização horizontal, vertical e urbana; o sistema elétrico foi reformado; o sistema de abastecimento de água também e uma nova sede administrativa foi construída. Três ruas e avenidas internas do distrito também foram alvo do pacote de melhorias de engenharia. Com pouco mais de 39 hectares, o distrito de Araripina está localizado próximo à BR-316 e conta com dez empresas instaladas. Quase todas ligadas à exploração do gesso.


"Recuperar estes condomínios é reforçar as cadeias produtivas locais e facilitar a atração de novas indústrias para essas regiões. Isso é interiorizar o desenvolvimento, é gerar emprego e renda para aqueles que estão longe da beira-mar", explicou o Governador.


Por fim, o governador Eduardo Campos inaugurou a 23a Circunscrição Regional do Trânsito - Ciretran. Ao todo, o Estado investiu R$ 182 mil no novo posto, que vai atender aos moradores da cidade e de municípios vizinhos. Nesta sexta-feira, o governador e a sua comitiva visitam os municípios de Trindade, Ipubi e Ouricuri.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pernambuco representa o Brasil em festival de cultura em Cuba

O Governo do Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), levou para o 28º Festival Del Caribe, evento que aconteceu entre os dias 3 e 9 de julho, em Santiago de Cuba, representantes da cultura popular pernambucana para uma troca de experiências. Bete de Oxum, do Coco de Umbigada; Mestre Afonso, do Maracatu Leão Coroado; e Manoel Papai, do Sítio Pai Adão, integraram a delegação. A presidente da Fundação, Luciana Azevedo, também participou comandando uma mesa sobre o modelo de política pública adotado no Estado, chamado Pernambuco Nação Cultural.

A tradicional festa caribenha reuniu, em 2008, todos os países que integram a região e delegações convidadas, além do Brasil – representado pela delegação pernambucana. Ao todo, foram 22 nações representadas numa festividade que contou com mesa de discussão, debates, conferências e apresentações simultâneas em dezenas de locais da cidade.

Além de participar das discussões, a delegação da Fundarpe articulou uma maior integração entre Pernambuco e Santiago de Cuba, regiões que apresentam diversas características semelhantes, além da riqueza de manifestações artísticas populares. "Somos (Pernambuco e Santiago de Cuba) formados por uma população que luta pelos seus ideais, com uma imensidão de manifestações culturais. Além das semelhanças na dimensão territorial, nos parecemos fisicamente com os cubanos", declarou Luciana Azevedo na conferência que realizou na terça-feira (8).

sábado, 21 de junho de 2008

NOTA DA VIA CAMPESINA PERNAMBUCO À SOCIEDADE BRASILEIRA



PESQUISA PRA QUEM?


Dia 10 de junho a Via Campesina Brasil deu inicio a sua JornadaNacional de Luta Contra o agronegócio e em defesa da agriculturacamponesa.
Em Pernambuco, entre várias ações que estão se realizando durante asemana, foi realizada uma ação em protesto contra a produção em largaescala de agro-combustíveis, em específico o avanço da monocultura dacana-de-açúcar. O ato foi realizado na Estação Experimental deCana-de-Açúcar (EECAC), no município de Carpina, Zona da Mata Norte dePernambuco. A Estação Experimental é uma Parceria Público-Privadaentre o Sindaçúcar - Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool noEstado de Pernambuco, que reúne as 20 maiores usinas do Estado - e aUniversidade Federal Rural de Pernambuco, e há 38 anos desenvolvepesquisas para o desenvolvimento genético de cana, inclusive, de canatransgênica.
O objetivo da ação política não foi um ataque à universidade ou àspesquisas acadêmicas em geral. O objetivo principal foi demonstrar àsociedade que os camponeses e camponesas do Brasil são contra estemodelo que privilegia a monocultura exportadora, utilizando nossasriquezas naturais, nossas terras e mão-de-obra barata, destruindo omeio ambiente e produzindo trabalho escravo. Entendemos que o papel dauniversidade não é usar recursos públicos para pesquisas quebeneficiam usineiros, mas sim, para pesquisas que construam umaalternativa de desenvolvimento para região que possa servir à grandemaioria.
A Estação Experimental de Cana-de-Açúcar recebe cerca de 6 milhões dereais por ano para investir em pesquisa de "melhoramento genético" decana-de-açúcar. Metade desse recurso - R$ 3 milhões - são provenientesde usinas ligadas ao Sindaçúcar, o que prova a estreita relação entrea Estação, a UFRPE e os usineiros. Os outros R$ 3 milhões são captadospor projetos de pesquisa vinculados à UFRPE - ou seja, é dinheiropúblico.
Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),o custo médio para o assentamento de uma família na região nordeste éde R$ 25 mil por família. Isso quer dizer R$ 6 milhões poderiamassentar pelo menos 240 famílias por ano no nordeste, que estariaproduzindo alimentos saudáveis para elas e para a população local. Aoinvés disso, esse dinheiro é utilizado para beneficiar 28 usinas edestilarias nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte,e para promover ainda mais o avança do monocultivo de cana-de-açúcar,causando a elevação dos preços dos alimentos e a concentração dapropriedade da terra por empresas estrangeiras.
A diminuição sucessiva da área plantada de alimento terá, em breve,conseqüências gravíssimas para toda população mundial. Hoje apopulação urbana já está sofrendo em função do aumento dos preços dosalimentos, conseqüência principalmente da utilização da sojabrasileira para produção de biodiesel e do milho dos Estados Unidospara produção de etanol.
Nós, da Via Campesina, somos aqueles que foram despojados de toda equalquer sorte e possibilidade em conseqüência da ação devastadora damonocultura da cana-de-açúcar, concentradora de terra e riqueza. Somospobres, fomos durante toda história escravos do setorsulcroalcooleiro, que sempre dominou a Zona da Mata Pernambucana, quechega até a ser chamada por alguns pesquisadores de "regiãocanavieira". Somos filhos desta terra e ao longo da história fomosconstruindo a consciência de que nesta região podemos construir umoutro modelo de agrícola e de desenvolvimento econômico.
Queremos fazer entender que a responsabilidade da universidade publicaé para com o povo e não para com o agronegócio e o capital financeiro,que querem transformar os alimentos, as sementes e todos os recursosnaturais em mercadoria para atender os interesses, o lucro e aganância das grandes empresas transnacionais.
Os recursos financeiros e humanos de uma instituição pública como aUniversidade Federal Rural de Pernambuco devem ser usados para ajudara resolver os problemas do povo brasileiro. E a fome é um deles.Portanto que pesquisem desenvolvimento de milho, de feijão, demacaxeira. Se os usineiros querem fazer pesquisa para aumentar seuslucros, que façam em suas terras e contratem seus técnicos.
Certamente quando a universidade pública entender seu papel social elapoderá contribuir muito utilizando o conhecimento acumulado e ostécnicos servidores públicos que se apropriaram destes conhecimentos,com recursos públicos do povo brasileiro, para a melhoria dascondições de vida da maioria e a produção de alimentos saudáveis ebaratos. Esse é certamente o anseio da maioria do povo brasileiro e deinúmeros professores e alunos da UFRPE e da UFPE que nos parabenizarampela ação e continuam nos prestando sua solidariedade.

Via Campesina - Pernambuco
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