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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Professores exigem piso

Professores das redes públicas participam hoje da Greve Nacional em Defesa do Piso Salarial, que acontecerá em todo Brasil. Na Assembleia Legislativa, às 10h, será lançada a frente parlamentar para implantação do piso no Estado. Docentes das escolas estaduais recebem o piso, mas o sindicato diz que não houve reajuste do valor, estipulado em março. No Recife, os professores reclamam que o benefício valerá apenas para quem está no início de carreira. Em Olinda, o assunto não foi discutido.

sábado, 9 de agosto de 2008

Greve dos professores e lógica empresarial

Por João Antonio Felício e Maria Izabel Azevedo Noronha

"A greve é direito. Consideramos que o profissional da educação tem de ser valorizado antes de começar a receber críticas", disse Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. "O sindicato está completamente equivocado na greve dos professores. A solução da educação no Brasil tem que ser guiada por uma lógica empresarial, porque é preciso ter uma lógica de resultados", alega Viviane Senna, da ONG empresarial Todos pela Educação, financiada por capital multinacional, bancos privados e recursos públicos.

Durante a recente greve dos professores paulistas, dois movimentos se colocaram em campos opostos na análise da mobilização conduzida pela Apeoesp (Associação Professores Ensino Oficial do Estado de São Paulo). A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, ligada aos movimentos sociais, favorável à greve, e a ONG empresarial TPE, Todos Pela Educação, mantida por empresários.

Como a nossa categoria encontra-se em estado de greve contra o decreto do governador José Serra (PSDB), e a grande mídia continua sua campanha sistemática de desinformação, negando espaço ao contraditório, achamos fundamental compartilhar algumas reflexões.

Infelizmente, há pessoas que se crêem donas da verdade, mas que contemplam a vida do alto da montanha, tecendo considerações sobre a dureza da labuta, o sol e o suor na distante planície. Uma das principais representantes da TPE, a senhora Viviane Senna afirmou que a greve não atende o interesse dos alunos, apenas o de professores e do Sindicato. Como se fosse ela a grande conhecedora da escola pública, e não os que sofrem na carne com a dura realidade. Como se a campanha de uma categoria mal remunerada, espoliada e desprezada não representasse a luta por melhores condições de ensino, não dialogasse diretamente com a qualidade da educação.

Talvez preferisse que, em vez de desfraldarmos as bandeiras do ensino público, gratuito e de qualidade, coletivizando com a comunidade escolar e a sociedade a necessidade de políticas públicas, de mais e melhores investimentos no ensino, devêssemos ficar isolados dentro de uma sala de aula choramingando.

Para mudarmos o atual quadro vivido pela educação pública paulista, é preciso valorizar o profissional, fazer com que a carreira volte a ser atraente para os jovens; é necessário investir na infra-estrutura atual, mais do que defasada, impermeável aos avanços tecnológicos, como a computação, mas muito pior, pois a quase totalidade das bibliotecas e laboratórios estão fechados ou desaparelhados e sem pessoal, faltam os equipamentos básicos necessários; é preciso atualizar os conhecimentos dos professores, permitindo um aprimoramento e uma qualificação constantes. E, finalmente, mas não menos importante, democratizar o debate sobre a metodologia e os materiais utilizados, que não podem continuar reduzidos a apostilinhas pasteurizadas.

As reivindicações enumeradas são históricas, sempre fizeram parte das lutas dos professores do Brasil, que nunca separaram a busca de um salário digno - já que não podem viver de vento - das necessidades vitais da educação. E é a defesa da escola pública a razão de ser do atual estado de greve em que se encontram os professores paulistas, que não se dobram ao autoritarismo e a intransigência do governo do estado. O movimento, ressaltamos, foi aprovado, de forma legítima, natural, decidido em assembléia democrática, depois de cinco anos de insistentes tentativas de negociação.

Imediatamente, os mesmos editorialistas que condenaram à invisibilidade reclamações e protestos de professores, pais e funcionários, ao mesmo tempo em que se calaram durante o longo processo de sucateamento do ensino no estado mais rico do país, entram agora em frenesi, publicando compulsivamente artigos, desqualificações e impropérios para questionar a greve e as ações do Sindicato.

É neste momento que o chamado TPE surge como tábua de salvação dos inimigos da educação, colaborando com a concepção preconceituosa da grande imprensa, que abandona o jornalismo para fazer relações públicas do governo estadual. Uma postura absolutamente coerente, já que nunca se viu movimento de empresários a favor de greve de trabalhadores, pois deporia contra seus próprios interesses. Ou alguém já viu um banqueiro apoiando greve de bancário? Dono de montadora apoiando paralisação de metalúrgico? Ou usineiro empolgado com reivindicação de canavieiro?

A senhora Viviane Senna, uma das suas mais proeminentes lideranças, e que possui uma rede de escolas sustentada por recursos empresariais e governamentais - isto é, públicos - dispõe naturalmente das condições necessárias para proporcionar uma boa educação aos seus alunos. Ao questionar o Sindicato por liderar a greve, infelizmente, ela faz coro com os que querem impedir que milhões de estudantes da rede pública tenham as mesmas oportunidades dos beneficiados em seu micro-universo. Aliás, onde estava esta senhora durante os anos tucanos? Por que jamais apareceu para questionar os responsáveis pela situação de descalabro em que a escola pública se encontra? Ou foram os professores que fecharam escolas e salas de aula, desempregaram, não fizeram concursos públicos, arrocharam salários, desprestigiaram a educação?

Nos propomos a estabelecer uma avaliação sobre a qualidade do ensino, efetiva, real, com a comunidade escolar, discutindo as responsabilidades de cada um: a nossa, a do governo, a dos pais e alunos. Mas para isso, reiteramos, são necessárias premissas básicas: a categoria receber um salário digno, as escolas terem condições de infra-estrutura adequadas, equipamentos atuais, e que os professores passem por um processo de formação e qualificação. Na nossa compreensão, isso poderia ser feito proporcionando maior interação entre escola e comunidade. Nunca, obviamente, da forma como foi apresentada pela secretária de Educação, uma medida essencialmente punitiva.

Na verdade, é uma linha que reforça a injustiça, pois pune a vítima duas vezes. Para fazer um paralelo, seria igual a cobrar de um lavrador do Nordeste que, frente à intempérie e à falta de apoio, produza por alqueire o mesmo que um alemão ou japonês dotados de toda sorte de incentivos.

Nas palavras de um representante do TPE, do qual fazem parte representantes da Gerdau, dos bancos Real e Itaú, o seu "movimento" é "mais colaborativo". A pergunta que não quer calar é: com quem? Pois ao servirem de escudo a serviço do governo de plantão, servem como anteparo às pressões da sociedade civil. Por que não colocam seu poder político - para não falar de seus cifrões - em benefício da resolução do problema? Talvez assim a rede física de São Paulo não estaria tão abandonada e desmantelada, com crianças saindo dos bancos escolares com precários conhecimentos nas mais variadas áreas de estudo. Querem nos fazer crer que a culpa é dos professores, mas a verdade é que, tanto quanto os alunos, eles também são vítimas.

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João Antonio Felício é da executiva nacional da CUT e Maria Izabel Azevedo Noronha é presidente da Apeoesp (Associação Professores Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

domingo, 3 de agosto de 2008

Luta e mobilização nacional contra a repressão aos imigrantes nos EUA

*Por Joelson Souza

Os imigrantes sempre sofreram muito com a política imperialista norte-americana. Desde as grandes mobilizações de rua que ocorreram em 2006 contra a investida anti-imigrantes da administração Bush, as lutas de resistência tem se ampliado nesse ultimo período.

Porem a ação do governo vem sendo cada vez mais cruel com os trabalhadores imigrantes e a repressão mais violenta, sendo que uma onda de terror ronda a vida desses trabalhadores.


Greve dos imigrantes em defesa de uma reforma migratoria intergral nos EUA.

Em recém artigo de Rodrigo Ibarra, co-redator do El Organizador (Jornal que funciona como Tribuna Livre da luta de classes principalmente para os trabalhadores imigrantes, Nota do Editor) podemos perceber que “se o conceito de 'terrorismo' consiste na realização de ações espetaculares com traços de crueldade destinadas a produzir terror entre a população, objeto da ação terrorista, então devemos concluir que, por sua crueldade, as ações contra os trabalhadores imigrantes nos Estados Unidos são ações terroristas, e estas devem ser condenadas por aqueles que se colocam no terreno da defesa das liberdades operarias e democráticas”.

Para citar apenas um exemplo, no ultimo dia 12 de Maio, diversos trabalhadores da fábrica Agriprocessors Inc. foram brutalmente retirados de seu trabalho com as mãos algemadas e com correntes e cadeados em seus tornozelos. Dessa mesma forma foram conduzidos para o prestarem depoimento, sobre a acusação de terem “roubado” documentos de identidades, porém esses mesmos documentos são comprados na mão de pessoas que estão diretamente ligados as agencias institucionais dos EUA.

No Tribunal Internacional Furacão Katrina, que ocorreu no ano passado (2007) na cidade de Nova Orlenas, LA. Tivemos o testemunho de 2 imigrantes que relataram a situação em que eles, e a esmagadora maioria dos imigrantes, vivem nos EUA. Um imigrante peruano relatou que: “Vim para cá, para trabalhar na reconstrução do Katrina, eu vim com um visto temporário de trabalhador. Eu paguei U$ 4.500 para ter esse visto, alguns amigos meus chegaram a pagar U$ 20.000. Você paga esse valor para um atravessador e nem sabe se vai receber o visto. Eu fui um dos beneficiados, mas não sabia o que ia acontecer comigo depois, achava que ia ter logo meu dinheiro de volta, pois me prometeram casa, piscina, TV e internet, mas quando cheguei fomos levados para um hotel todo destruído e ainda nos cobraram U$ 50,00 por semana e eu estava em um quarto que tinha 8 pessoas. Quando você obtém esse visto, você pode ter apenas um patrão, você passa a ser adotado pelo patrão e fica refém dele (uma forma de escravidão). Quando comecei a organizar os trabalhadores meu patrão me despediu e fui buscar outro patrão, mas esse visto não permite isso. Eu achava que aqui tinha liberdade, mas nem o povo negro aqui tem liberdade. A unidade dos trabalhadores nos EUA e no mundo todo se faz urgente, senão sofreremos na mão deles por mais varias gerações.”

Grande Mobilização Nacional dia 28 de agosto


A organização e resistência dos trabalhadores é a única arma que temos para defender os nossos direitos e conquistar novos. Certamente não serão com palavras ou promessas de imperialistas que vamos obter conquistas.

Em 2006 cerca de 300 organizações comunitárias e dos trabalhadores se reuniram com Barak Obama, em que o mesmo garantiu que acabaria com a agressão e repressão de todos os imigrantes, todavia durante toda a sua campanha eleitoral tem rechaçado a proposta de fazer um chamado agora mesmo para por fim a essa política brutal contra os imigrantes. Será que Obama de fato representa uma mudança para os trabalhadores dos EUA e do mundo? Para os imigrantes nos EUA já está claro que não. Entretanto a candidatura de Cynthia McKinney, pela coalizão “Poder para o Povo” expressa em um dos seus pontos centrais, a reivindicação dos trabalhadores imigrantes, em que defende “justiça para os trabalhadores imigrantes, incluindo uma reforma real da imigração que forneça anistia para todos os imigrantes sem documento”.

Numa época em que vemos a crise de alimentos atingir brutalmente os países da América Latina, Haiti e os países da África, em que a crise imobiliária dos EUA deixa a maioria dos trabalhadores estadunidenses sem terem onde morar e cheio de dívidas; não será a hora de uma verdadeira mudança na política dos EUA, que certamente não será realizado pelos partidos gêmeos republicano e democrata, nem pelos seus representantes? É preciso urgentemente acabar com essa política imperialista que apenas destrói os povos e nações em todo o mundo, assim como os trabalhadores no próprio EUA.

- TODO APOIO A MOBILIZAÇÃO NACIONAL DE 28 DE AGOSTO!

- PELO FIM DA REPRESSÃO CONTRA OS TRABALHADORES IMIGRANTES!

- PELO FIM DAS DEPORTAÇÕES DOS TRABALHADORES IMIGRANTES.

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