Por Luiz Alves
Para o ministro, o alcance dessas metas, aliado a outras iniciativas do governo, é uma "revolução em termos de inclusão digital". Estima-se que, atualmente, apenas 3 milhões de usuários contem com banda larga no Brasil.
Outra iniciativa listada por Costa foi a intenção de ampliar a quantidade de "cidades digitais", com rede sem fio (wireless) aberta a todos os usuários. Ele citou o exemplo de Tiradentes (MG), que já oferece o serviço e obteve uma melhora de 80% no rendimento escolar dos alunos.
Capacitação de professores
Apesar da ênfase no acesso à infra-estrutura, os participantes do evento destacaram a necessidade de se investir em outras áreas, como a capacitação de professores e desenvolvimento de conteúdo. "Colocar computador é muito pouco", definiu o presidente da comissão, deputado Walter Pinheiro (PT-BA). "Os usuários devem ter condições de operar e melhorar as condições de vida", acrescentou.
Hélio Costa também destacou o programa "Computador para Todos", classificado como "uma extraordinária vitória" do governo na universalização do acesso ao computador para as camadas de menor renda da população. "Nestes últimos dois anos, vimos o preço do desktop cair de R$ 4 mil para R$ 800, e agora vamos buscar colocar pelo menos um ponto com internet de alta velocidade em cada município brasileiro", acrescentou.
Serviços públicos
O diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Vinícius Mazoni, que também participou do fórum, comentou que um dos "eixos" abordados pelo governo em sua política digital é a modernização e qualificação dos serviços públicos oferecidos pela internet.
Sobre esse assunto, Valeria Jordán, a coordenadora de Informação da e-LAC, uma plataforma que promove a integração regional e a cooperação das tecnologias da informação e da comunicação (as chamadas TICs), sugeriu um foco nas áreas de educação, saúde, justiça e "gestão de catástrofes", que seriam negligenciados, na sua opinião. De 27 metas traçadas pela entidade até 2010, houve avanços em 15, especialmente no acesso e capacitação de usuários.
Na mesma direção se manifestou o diretor do Setor de Telecomunicações do Banco Mundial (Bird), Eloy Vidal, que apontou a necessidade de se intensificar os "esforços" em treinamento de professores e incluir as TICs no currículo escolar.
Outros painéis
O fórum prossegue no período da tarde com dois painéis:
- Contribuição da iniciativa privada para a redução das desigualdades digitais, com a moderação do deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE) e participação do vice-presidente de Relações Externas da Fundação Telefónica, Fernando Freitas; o vice-presidente da Intel, John Davies; e o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti.
- Experiências latino-americanas, com moderação do deputado Julio Semeghini (PSDB-SP) e participação da diretora-executiva do Programa Computador para Escolas do Ministério das Comunicações da Colômbia, Martha Castellanos; o diretor-executivo do e-México, Alejando Hernandez Pulido; e o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna dos Santos.
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