De Buenos Aires
O casal Kirchner, que governa a Argentina há seis anos, tem algumas obsessões. Uma delas é culpar as privatizações promovidas durante o governo Carlos Menem (do mesmo Partido Justicialista) por todos os problemas do país, antigos e atuais. Néstor Kirchner, que foi presidente até dezembro de 2007, quando passou o cargo para Cristina, sua esposa, promoveu seis reestatizações.
A primeira foi a dos Correios, que pertenciam ao empresário Franco Macri. Outro empresário argentino, Sergio Tasselli, teve cassadas suas concessões nas empresas de ferrovias San Martín e na de petróleo Yacimientos Carboníferos de Río Turbio. Também logo no início de seu governo, Kirchner reestatizou a empresa de água e saneamento básico Aysa, que era controlada pelo grupo francês Suez.
Outro grupo francês que perdeu seus negócios para o Estado argentino foi a Thales Spectrum, que mantinha a concessão para prestação de serviços de controle do espaço radioelétrico na Argentina. A última estatização foi a do estaleiro Tandanor. Além das estatizações, os Kirchner promoveram também a "argentinização" de algumas companhias, ou seja, contribuíram direta ou indiretamente para que a empresa fosse vendida para um empresário local. Foi assim com a Transener, que passou das mãos da Petrobras para o empresário Gerardo Ferreyra, e com a Repsol YPF, que vendeu quase um quarto do capital para outro empresário próximo do casal Kirchner, Enrique Ezquenazi, o dono do grupo Petersen.
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