Estudantes de Escola de Referência em Ensino Médio de Garanhuns destacam-se nos listões mais concorridos
Os nomes dos aprovados em vestibulares concorridos do Estado chamam a atenção na fachada da Escola de Referência em Ensino Médio de Garanhuns. Participante do Programa de Educação Integral, do Governo de Pernambuco, a escola mostrou resultados positivos do sistema de aula em dois turnos. O número em aprovações superou até colégios tradicionais da cidade.
Das 259 inscrições em faculdades – a maior parte dos estudantes se candidatou em mais de um curso – 92 alunos foram aprovados. Desses, 59% em unidades de ensino público. O saldo já era previsto pelo gestor da instituição, Carlos Ubirajara. Isso porque, segundo os resultados das provas aplicadas no ano passado pelo Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (Saepe), 70% dos alunos foram aprovados na avaliação, que reuniu 600 mil estudantes da rede pública estadual. A média do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com 194 participantes da entidade, atingiu 52%, sendo superior à nacional (50,5%). Já o Programa Universidade Para Todos (Prouni) poderá ainda beneficiar 38 classificados com bolsas na rede privada.
Sete alunos ocuparam até o quinto lugar nas universidades públicas. Um deles foi Felipe Augusto da Silva, 18 anos, 2º lugar em psicologia na Universidade de Pernambuco (Garanhuns). “Não ficava preocupado somente com as provas, mas com o meu aprendizado”, diz o jovem. Ele garante que o vestibular foi simples para ele, que tinha como rotina revisões, simulados e aulões. “Ensino integral é a melhor maneira de elevar o nível de conhecimento da juventude e colocar mais alunos de escolas públicas nas faculdades”, declara.
No 1º lugar do listão em matemática da UPE e entre os aprovados em engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está Damuriê Costa de Lira. Sua vida escolar foi na rede pública, onde liderou com as melhores notas. Ir e vir do município de Iati diariamente para estudar em Garanhuns garantiu sua vitória nos dois vestibulares. Para definir a sensação de ver a faixa estampada com seu nome, utiliza uma palavra: recompensa. “A alegria só não foi maior porque não sobrou dinheiro para me inscrever nas federais de Alagoas e da Paraíba”, declara.
O jovem de 18 anos planeja seguir carreira de engenheiro, mas tem que enfrentar mais uma barreiras: garantir uma vaga na Casa dos Estudantes da UFPE (CEU). “Depois da inscrição e da entrevista marcada, estou na ansiedade”, revela. “É torcer por mais uma vitória, a de ocupar um dos 48 apartamentos na casa masculina, que tem 196 vagas. Se não puder morar na CEU, vou perder o curso, porque não tenho como me manter no Recife”.
Na instituição, os feras se dividem entre livros e outras tarefas, como a limpeza das salas de aula. “É que durante todo o ano não houve contratações de funcionários para esse fim”, conta o gestor. “Mas este ano, o Governo promete melhorar a infraestrutura e talvez no próximo vestibular haja ainda mais surpresas”, finaliza Ubirajara. Há na escola 850 alunos matriculados, do 1º ao 3º ano do ensino médio. Desde 2006, o Centro de Experiência, como era chamado, superou as metas do governo e se tornou centro de referência.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
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