JÁ SÃO 350 instituições em Pernambuco que disponibilizam as aulas extras
Por Daniel Leal
Um projeto que partiu das próprias escolas públicas da rede estadual para auxiliar no aprendizado de estudantes de turmas das 5á e 6á séries do Ensino Fundamental está ajudando as crianças a melhorarem seus conhecimentos em áreas básicas da Educação. Ler, escrever, saber interpretar textos e ter intimidade com as operações matemáticas estão sendo trabalhados com a finalidade de reenquadrar os jovens em suas turmas, eliminando qualquer dificuldade básica, que antes vinham atrapalhando nos conhecimentos de todas as outras matérias. Essas iniciativas são desenvolvidas pelas escolas seguindo as diretrizes traçadas pelo Programa de Modernização, que visa elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Estado.
Assim, a Secretaria de Educação do Estado (SEE), através do processo de gestão democrática, com o projeto Ciclos Ampliados de Aprendizagem, assegura ao professor a autonomia necessária para detectar o aluno que tem déficit no aprendizado e que precisa do reforço escolar para alcançar o nível compatível devido. “O projeto tem como objetivo possibilitar aos estudantes ampliarem seus conhecimentos. Já temos 350 escolas trabalhando nesse processo, nas diversas regiões do Estado”, informou a secretaria executiva de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco, Aída Monteiro.
A Escola Estadual Martins Júnior, na Torre, Recife, implantou o método de reforço escolar, desde o ano passado, conciliando a falta de estágio para os alunos concluintes do Ensino Normal Médio (antigo Magistério) com a deficiência do aprendizado. “Os próprios alunos que estão encerrando o Normal Médio, ensinam os estudantes mais novos, com idades entre 10 e 12 anos”, contou a diretora da escola, Mônica Lucena.
Ainda de acordo com a diretora, as turmas começaram com 60 alunos, hoje estão com 30. “Isso mostra que eles conseguiram se recuperar e, agora, já se dedicam apenas a sua turma normal. Mas, sempre que aparecem novos estudantes com dificuldades, eles são integrados ao grupo de reforço”, explicou Mônica Lucena. As aulas são trabalhadas no horário oposto ao ensino normal. Dessa forma, os alunos, além de estarem aprendendo, ainda ficam longe das ruas.
O projeto, além de ser importante no desenvolvimento intelectual das crianças, também evita que as mesmas fiquem ociosas em casa. “A professora me chamou para participar das aulas porque eu estava com dificuldade e eu vim. Eu melhorei muito aqui. Meus pais acham melhor do que eu passar o dia na rua, empinando pipa”, revelou o aluno da 6á série, Bruno Silva, de 12 anos. Pelos benefícios que as aulas trouxeram, a escola já até pensa em ampliar o projeto. “Nossa próxima meta é trabalhar matemática através do xadrez, jogos de raciocínio lógico e outras atividades relacionadas”, adiantou Mônica.
A mudança também é visível na escola Professor Engenheiro Lauro Diniz, no Ipsep. O reforço de matemática acontece durante 30 minutos, após a aula da própria disciplina, duas vezes por semana. “A professora viu que os meninos estavam tendo dificuldade e resolveu ajudá-los com esse reforço. Cerca de 20 alunos estão em atividades e isso vem melhorando bastante o desempenho deles”, contou a diretora adjunta da escola, Laura Soares.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
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