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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ciro admite candidatura a presidente e elogia Aécio


Deputado disse que pode ser candidato 'dependendo de circunstâncias'.
Ele considerou ser vice em chapa de Dilma Rousseff ou de Aécio Neves.


Da Reuters

O deputado federal Ciro Gomes (PSB) admitiu entrar na disputa presidencial de 2010, caso se viabilize uma candidatura que represente um projeto "neoliberal" de governo.

"Quem já foi candidato duas vezes não pode andar mentindo, dizendo que não é candidato. Eu, provavelmente, posso ser candidato em 2010, dependendo de algumas circunstâncias que ainda não estão dadas", disse ele, em caminhada ao lado de sua ex-mulher e candidata a prefeita, Patrícia Saboya (PDT), no sábado.

Uma dessas circunstâncias, segundo Ciro, é a necessidade estratégica de dar continuidade ao projeto político em curso no Brasil.

"Se a ameaça for voltar a coalizão neoliberal que representa aquele arco de forças que sustentou o governo Fernando Henrique Cardoso, se estiver em risco essa possibilidade e uma candidatura minha ajudar o país a não dar para trás, eu serei candidato", declarou.

Ciro considerou, inclusive, se necessário, ser vice de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República e um dos nomes cotados para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo PT.


Aécio Neves

Ao participar de ato de campanha de Márcio Lacerda (PSB) à Prefeitura de Belo Horizonte nesta segunda-feira, no entanto, Ciro classificou como "privilégio" ser candidato a vice em uma possível candidatura do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de quem também recebeu vários elogios.

Aécio é um expoente do PSDB, partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que se apresenta como principal oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apoiado por Ciro Gomes e do qual fez parte como ministro.

"Não estou dizendo que serei (candidato a vice de Aécio). Mas é um privilégio para qualquer brasileiro", afirmou o deputado, respondendo pergunta de jornalistas.

Ciro esteve na capital mineira para participar de ato de campanha de Márcio Lacerda, companheiro de partido e amigo pessoal, com quem trabalhou no Ministério da Integração Nacional. No início da tarde, eles percorreram o Mercado Central, o mais tradicional da cidade, ao lado de Aécio e do atual prefeito, Fernando Pimentel (PT).

Tanto Ciro quanto o governador defenderam a aliança de rivais históricos, como tucanos e petistas, em torno da candidatura de Lacerda -- articulada por Aécio e Pimentel com apoio de Ciro -- e elogiaram o que classificaram de "lado bom" da política.

"Os lados bons têm que se unir e o exemplo está aqui. A demonstração de que a política é para servir ao povo", disse Ciro.

"A candidatura de Márcio representa algo mais. Mostra-nos que não temos que ser reféns das algemas partidárias daqueles que acham que podem, a léguas de distância da nossa realidade, interferir no futuro de cada um dos belo-horizontinos. Nós estamos apresentando ao Brasil algo novo", completou Aécio, em clara referência à direção nacional do PT, que vetou a aliança com o PSDB na capital.

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