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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Eleições, para quê?


A resposta ao título deste artigo deveria ser óbvia, mas infelizmente não é. E não é porque as eleições em nosso País tornaram-se, em grande medida, um fim em si mesmas. O objetivo do mandatário, em regra, tem sido a sua reeleição ou a conquista de outro mandato para cargo de maior importância, quando deveria ser a busca de solução para os problemas do seu Município, Estado ou País. Há, sem dúvida, várias exceções a esta regra e, por sorte, muitas delas são de administrações de companheiros(as) do nosso Partido.

Por essa razão, o Partido Socialista Brasileiro - PSB vem promovendo iniciativas que visam qualificar a atividade política, transformando-a em instrumento de desenvolvimento e solução de problemas dos municípios e Estados que governa nas diversas regiões do nosso País.

Neste ano teremos eleições municipais. Serão eleitos 5.562 novos prefeitos e 56.000 vereadores. O PSB terá, se forem confirmadas as pré-candidaturas a prefeito, cerca de 1.000 candidatos e mais ou menos 10.000 candidatos a vereador. Trata-se de números expressivos para um partido que hoje tem 178 prefeitos e 1.889 vereadores.

É possível que, ao final da apuração dos votos, o PSB conquiste ou ultrapasse 300 prefeituras e mais ou menos 3.000 mandatos de vereadores. Se confirmadas, serão conquistas importantes, que revelam o crescimento gradativo e progressivo do nosso Partido.

Os números, entretanto, não são por si mesmo importantes. O que pode de fato realçar as administrações socialistas é o planejamento e o desenvolvimento de projetos urbanos e sociais capazes de contribuir para diminuir as visíveis desigualdades sociais que se observam em praticamente todos os municípios brasileiros.
Por isso, o Partido elegeu a bandeira da Reforma Urbana, como prioridade orientadora dos programas de governo de seus candidatos nas eleições municipais de 2008. Reforma Urbana que inclui não só a questão vital de ordenar a ocupação do solo urbano, mas também que assegure moradia digna, infra-estrutura de saneamento básico, água potável e energia elétrica, serviços de saúde e educação, ambientes de convívio social com espaços para cultura, esporte e lazer, e profissionalização de jovens. Tudo isso, sem perder de vista a obrigatoriedade de cada cidade ter o seu plano diretor.

Visando dar substância à bandeira da Reforma Urbana, o PSB e a Fundação João Mangabeira realizaram para os pré-candidatos a prefeito, seminário intitulado: Reforma Urbana e Políticas Públicas Municipais, na cidade do Rio de Janeiro, ocasião na qual pode-se contar com ricas exposições de experiências de administrações socialistas que devem tornar-se referência para os novos prefeitos do Partido.

É evidente, portanto, que o PSB, neste ano de eleições municipais deve realçar de forma especial a bandeira da Reforma Urbana, como, aliás, já fez por meio dos seus programas nacionais de rádio e televisão, veiculados nos meses de abril e maio.

As estatísticas nos mostram que de cada dez brasileiros, oito moram nas cidades, sendo que 52 milhões são favelados excluídos do progresso econômico e social do nosso País, de modo que o problema da cidade está no fulcro da questão nacional, de sorte que, tal como expressava o saudoso Milton Santos, da cidade poderá vir o "renascimento do sentido de nação".

É imperativo que, para se diferenciar da mesmice, as campanhas socialistas precisam ganhar qualidade, propor políticas, mobilizar a cidadania para que ela venha a avaliar e escolher nossos candidatos e, assim fazendo, possam estar elegendo a construção de cidades inclusivas e solidárias.

Carlos Siqueira

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